sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ler é viajar sem sair do lugar

Depoimento sobre Leitura e Escrita

     A minha experiência com a leitura começou muito cedo. Adorava ler gibis, revistas, livros. Lembro-me de que me interessava, também, por revistas antigas, quando ia ao sítio do meu pai, minhas tias ainda guardavam revistas dos anos 60, eu lia e relia, não me cansava. Tinha curiosidade em saber dos costumes, da moda da época, achava o “máximo”!  Mas me tornei uma leitora assídua, quando minha tia foi trabalhar na biblioteca da minha cidade, São Manuel, todas as noites eu ia até lá fazer companhia para ela, descobri um mundo mágico! Sempre voltava com um livro para casa, principalmente, do Monteiro Lobato; acho que li todos os livros infantis dele, Reinações de Narizinho, O poço do Visconde, Caçadas de Pedrinho. Passei parte da infância e da adolescência na Biblioteca Municipal, dos livros infantis passei para os romances. Lia Érico Veríssimo, José de Alencar, Machado de Assis e outros. E passei isso para as minhas filhas,  quando vão ao shopping, o lugar de que mais gostam é a livraria!
    Na minha profissão, costumo incentivar a leitura.  Faço leituras no início das aulas, os alunos gostam e quando não leio, eles me cobram. Já lemos” O menino maluquinho”,” Minhas Memórias de Lobato” e estamos terminando “O mistério da Feiurinha.” Sempre recomendo livros, comento algo sobre a história para que fiquem curiosos e tenham mais vontade de ler, principalmente, com os alunos do ensino médio, que são mais resistentes. Digo sempre a eles que ler é viajar sem sair do lugar, é pura magia! Conhecer lugares extraordinários e personagens inesquecíveis! Quem lê, escreve bem, fala bem, consegue conversar sobre qualquer assunto e adquire bagagem cultural.

                      Jussara Tocci Silva


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Quando os livros são amigos do leitor

Depoimento sobre Leitura e Escrita

        Inicio meu depoimento com uma frase de Newton Mesquita: “Fui criado muito sozinho, e os livros eram meus companheiros.  A leitura, nessa fase, é uma ginástica para a imaginação. Você fica imaginando os lugares, as situações, os personagens – alguns tornavam-se amigos íntimos meus”. Costumo chamar Machado de Assis de Machadão, Mauricio de Sousa de Mauricio, Fernando Pessoa de Pessoa. Em conversa com colegas faço comentários do tipo “Você já leu todos os livros da Agatha?”. Outro dia perguntaram-me “mas seu ex-marido não morreu?” (O nome dele era Maurício). São íntimos para mim. É como se fizessem parte do meu cotidiano, como se fossem meus amigos. São meus amigos em minha solidão de alma.
   Aprendi a ler e escrever antes dos quatro anos. Frequentava o Mobral junto com uma tia que não havia estudado. Minha primeira leitura individual foi um gibi do Tio Patinhas com a Maga Patalógica. Encontrei a HQ em um posto de gasolina. No fundo, tinha um pátio onde eu brincava com minhas irmãs e amigas. Saí correndo com aquela coisa tão linda, toda colorida e cheia de palavras. Morava em Paraíso, cidade pequena sem livraria e banca de jornal. Éramos pobres e minha família não havia estudado, tive somente incentivo por parte de meus professores. Agradeço a todos meus professores de português. Sempre gostaram das minhas redações e resenhas.
   Adoro poesia. Devoro poesia. Não necessariamente poemas. Poesia. Poesia no poema e na prosa. Textos poéticos. Em contraponto, também gosto de histórias de mistério e policiais. Allan Poe, Agatha Christie, os juvenis de Pedro Bandeira e Marcos Rey. Leio quadrinhos até hoje.
   Quando faço uma retirada de livro na sala de leitura e na devolução o aluno faz uma “resenha oral”, querendo dividir a leitura “olho no olho”, sinto que é por prazer que estou na profissão de ensinar e compartilhar.
                                                                  
                                Sandra Valéria Barbosa